segunda-feira, 18 de junho de 2007

Comentário ao marketing industrial de lâminas de barbear:


Em meu último curso, que ocorreu sábado passado, um advogado de Sorocaba o Dr. César Martin, que esteve presente com a esposa e filhos (o que foi um grande prestígio para o curso, demonstrando sua aplicabilidade em vários segmentos etários), comentou de sua dificuldade em comprar laminas para o aparelho de barbear. Aliás, eu mesmo tenho a mesma dificuldade. Por não se tratar de uma compra costumeira devido à durabilidade da lâmina e à aquisição de três de cada vez no estojinho de reposição, quando chega a hora de repor, já não nos lembramos mais da marca que vimos utilizando. Isso me trouxe à mente, dois ângulos da questão que compartilho com vocês aqui. O primeiro ângulo é a questão do código de cores. Desde a muito os industriais de fiação eletrônica estabeleceram um código de cores que facilita ao técnico em eletrônica o desempenho de suas funções. Por que os empreendedores do ramo de aparelhos que exigem peças de reposição não adotam uma convenção de cores na comercialização de seus produtos, facilitando a aquisição por parte dos consumidores? A resposta é óbvia. Quando um consumidor se confunde e compra um artigo de reposição de outra marca, está gerando recursos para marcas menos destacadas que, utilizam a estratégia de oferecerem seus produtos em embalagens semelhantes às grandes marcas na tentativa de "abiscoitar" parte dos consumidores. Mas, a longo prazo isso representa um contratempo que desgasta o consumidor e faz essa marca ir perdendo terreno, como a história do marketing tem comprovado ao longo do tempo. E que recursos há para firmar uma marca secundária na mente do consumidor? Continuo achando que, um dos fatores, embora não o único, seja o código de cores. Veja o caso do MacDonald´s por exemplo. Uma das estratégias que Ray Kroc adotou para fazer de uma lanchonete comum uma grande líder do mercado, foi certamente o código de cores. Haja vista que um dos maiores diferenciais que oferece em relação à concorrência é a embalagem de seus produtos. Lembro-me que na Av. Paulista em São Paulo, em um edifício de nº 2000 havia uma lanchonete denominada o Gaúcho, que oferecia sanduíches revolucionários, criativos e extremamente saborosos, mas que não conseguiu ir para a frente porque não tinha um marketing de embalagens muito bom. Pessoalmente não como embalagens, e você? Mas, note que as lanchonetes que se especializam em embalagens agradáveis aos olhos, conseguem atingir os estomagos de sua freguesia. Muitas vezes a embalagem, já, convenientemente embutida, no preço final do produto é um dos grandes fatores de venda. É sabido que os livros se vendem pela capa (na maioria das vezes) e que os jornais se vendem pelas manchetes. Para você que é um empreendedor, que tal dar uma refletida a respeito?

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